INDÚSTRIA
Produção Industrial cresce 5,6% no primeiro semestre em Santa Catarina
14/08/2024 13:00:00
A produção industrial catarinense cresceu 5,6%, nos primeiros seis meses do ano, em comparação com o mesmo período de 2023.
O percentual ficou acima da média nacional, que foi de 2,6% no acumulado do ano até junho.
Os dados são do IBGE.
Para o presidente da Federação das Indústrias de SC (FIESC), Mario Cezar de Aguiar, o desempenho reflete o crescimento da fabricação de bens de capital, impactada pelas melhores condições de crédito.
Ele destaca que a redução da Selic em meados do ano passado vem refletindo positivamente nos setores que demandam mais financiamento, como é o caso de bens de capital.
Nesse cenário, a produção de equipamentos elétricos registrou aumento de 17,6% com relação ao primeiro semestre do ano passado.
A expansão é resultado do acesso ao crédito e das vendas externas de transformadores e motores elétricos.
Na mesma linha, a indústria de máquinas e equipamentos, que cresceu 9,6% no acumulado do ano, também vem sendo beneficiada por estas condições.
A maior demanda desse setor, aliada com o aumento das importações de metais como cobre, alumínio e zinco estimularam a indústria metalúrgica, que cresceu 9,5% no primeiro semestre.
A maior facilidade de acesso ao crédito e a estabilização da taxa de inadimplência têm incentivado a demanda agregada nacional, beneficiando setores ligados ao transporte de carga e o comércio de veículos, motocicletas, partes e peças.
Isso levou ao crescimento de 4,0% da produção da indústria automotiva catarinense no acumulado do ano de 2024.
OUTROS SETORES EM EXPANSÃO
Entre os setores industriais, a construção registra um bom momento, que se reflete no saldo de empregos no ramo, mas também na demanda por produtos de concreto, cimento e gesso, incentivando a fabricação de minerais não-metálicos, cuja produção cresceu 4,2% no acumulado do ano.
Já a indústria madeireira catarinense, que possui ampla inserção internacional, continua sendo positivamente impactada pela melhoria das condições do mercado imobiliário norte-americano.
A produção industrial no segmento de produtos de madeira subiu 5,6%.
A construção de casas unifamiliares nos Estados Unidos tem apresentado expansão nos últimos meses, bem como a quantidade de empregos no setor da construção daquele país, justificando uma maior demanda por produtos de madeira.
O mercado de trabalho mais aquecido tem gerado aumentos de rendimentos reais dos catarinenses, de modo que o consumo das famílias foi outro vetor de expansão para a indústria na primeira metade do ano.
Com isso, segmentos mais ligados à produção de bens de consumo final têm sido beneficiados.
O economista do Observatório FIESC, Arthur Della Vecchia, explica:
“A fabricação de produtos têxteis, por exemplo, cresceu 6,4% no acumulado do ano, especialmente devido à produção de artefatos têxteis para uso doméstico".
"Além disso, o setor alimentício aumentou 4,9% na mesma análise, motivada pelas atividades de abate de frangos e suínos”.
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