LIDERANÇA
FIESC anuncia criação de escola de negócios para formar líderes
10/11/2021 16:00:00
Fabrizio Machado Pereira, diretor de educação e tecnologia
A Federação das Indústrias (FIESC), lança em 2022 a Escola de Negócios FIESC.
A iniciativa contará com investimento de R$15 milhões.
Ocupará o primeiro andar da sede da entidade, em Florianópolis.
O anúncio foi feito pelo presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, e pelo diretor de educação e tecnologia, Fabrizio Machado Pereira, nesta quarta-feira (10), no segundo dia do Fórum Radar Reinvenção.
De acordo com Aguiar, a escola será de ‘empresários para empresários’, com o objetivo de compartilhar soluções adotadas na indústria.
As formações a serem oferecidas por meio da Escola de Negócios FIESC levam em conta o processo de reinvenção do negócio, a profissionalização da governança, questões ligadas à sucessão familiar nas empresas, e programas efetivos de ESG (sigla em inglês para ambiental, social e governança), visando práticas mais sustentáveis.
PERSPECTIVAS ECONÔMICAS
Além de apresentar a Escola de Negócios FIESC, o último painel do Fórum Radar Reinvenção tratou de perspectivas para a economia e o impacto dessas mudanças no dia a dia das empresas.
Mediado pelo presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, e pelo assessor de economia da FIESC o professor do departamento de economia da UFSC, Pablo Bittencourt, o diálogo contou com participação do economista-chefe na América Latina do BTG Pactual, Mansueto Almeida, e do economista-chefe da XP Investimentos, Caio Megale.
Mansueto destacou movimentos recentes, como retomada da agenda de concessões nos últimos anos:
“Num período tão difícil como foi o da pandemia, as concessões continuaram. Esse ano, por exemplo, a gente já teve a renovação da concessão da Dutra, concessão de novas ferrovias, a gente mudou o marco regulatório do setor de saneamento, na semana passada fizemos a concessão do 5G, que vai aumentar o investimento em telecomunicação e conectividade nos próximos anos”.
“Nos últimos quatro anos, a gente teve um governo que veio de um processo de impeachment, e depois um governo que no início não tinha base política".
"Apesar de circunstâncias tão adversas, o Brasil fez reformas importantes nos últimos cinco anos. Isso me deixa bastante otimista porque teremos uma campanha eleitoral na qual a gente poderá discutir várias questões”.
Megale falou das fases de retomada nas principais economias mundiais:
“Não era uma crise normal, uma crise econômica que você coloca as pessoas na rua para trabalhar, as indústrias para produzir. Era o contrário".
“Num segundo período, os governos elaboram planos de forte expansão fiscal, transferência de renda - seja por meio de crédito ou por meio de programas de proteção do emprego. A economia começou a entender como trabalhar assim, mais digital”.
Fabrizio Machado Pereira detalhou:
“A nossa escola é composta de especialistas e empresários que são protagonistas nesta transformação da indústria. Além das parcerias com escolas internacionais consagradas para construir programas customizados às reais necessidades da indústria catarinense, vamos ter métodos e práticas de imersão, conteúdos digitais e plataformas híbridas”.
“A escola oferecerá todos os elementos e conteúdos orientados para esse momento de travessia da indústria catarinense, e para ganhar musculatura e relevância, a escola vai depender do envolvimento direto dos empresários”.
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