SUPERMERCADOS

Vendas nos supermercados catarinenses recuam em setembro

03/11/2021 11:00:00

Vendas nos supermercados catarinenses recuam em setembro

As vendas do setor supermercadista catarinense, a exemplo de agosto, registraram um resultado negativo em setembro deste ano comparado a setembro do ano passado.

Foi uma retração de -0,83%. 

No comparativo dentro do ano, isto é, setembro em relação a agosto de 2021, o índice aponta +0,15%

No acumulado o resultado é positivo, +2,44%.

Os índices foram apurados na pesquisa mensal do Termômetro de Vendas, realizada pela Associação Catarinense de Supermercados (Acats)

Participaram desta amostragem empresas de todos os portes e regiões catarinenses. 

Os resultados já foram deflacionados considerando o IPCA.

OTIMISMO

Os resultados desfavoráveis neste terceiro trimestre não interferem no otimismo dos empresários para o resultado do final de ano. 

A aferição do termômetro apurou como as empresas estão comprando para o período de festas e 62% dos entrevistados indicaram que a quantidade supera 2020. 

Para 38% dos empresários, a pauta de encomendas de produtos típicos de final de ano será a mesma do ano passado.

Nenhuma empresa entre as pesquisadas indicou quantidade de compras inferior a 2020.

REAJUSTES

Na mesma consulta, os empresários supermercadistas disseram que receberam tabelas de preços reajustadas por parte dos fornecedores, preços 12% mais altos na média, com índices que variaram entre 5% até 25%. 

Na média, os principais itens apontaram os seguintes reajustes: Aves com 12%, frutas com até 18% e panetones com 8%.

O presidente da Acats, Francisco Crestani, comenta:

“Este bimestre (agosto/setembro) foi o primeiro período a registrar dois meses seguidos de resultados negativos desde fevereiro/março de 2018, o que expõe uma conjuntura econômica desfavorável neste momento".

“ A inflação mais alta, pressionada pelos gastos que afetam diretamente o bolso das famílias, energia elétrica, gasolina e gás de cozinha, estão tirando o poder de compra da população”. 

"Como efeito indireto existe a pressão da alta também no diesel, que afeta toda a logística de transportes que opera nos fretes e provoca reajuste no preço das mercadorias por parte dos fornecedores e os supermercados são obrigados a repassar".