INDÚSTRIA

Aurora Alimentos registra números positivos nas exportações

28/07/2021 16:00:00

Aurora Alimentos registra números positivos nas exportações

A Cooperativa Central Aurora Alimentos, terceiro grupo agroindustrial brasileiro do segmento de carnes, desenvolve acelerado incremento nas exportações, iniciado em 2020 e consolidado neste ano. 

No ano passado, as exportações da Aurora cresceram 61,8% em receitas e 23% em volumes. 

As compras chineses de proteína animal no mercado mundial catapultaram as vendas da Aurora, potencializadas pela situação cambial: o dólar valorizado frente ao real ampliou os ganhos pelo câmbio e valorizou ainda mais os produtos de exportação. 

A China, sozinha, ficou com 40% das exportações totais da Cooperativa Central. 

Com esses resultados, a importância relativa da empresa no cenário das vendas brasileiras ao exterior cresceu. 

Em 2020, a Aurora respondeu por 17,5% das exportações de carnes suínas do Brasil e por 6,6% das exportações de frango. 

Anteriormente era, respectivamente, 16,8% e 6,4%. 

O presidente Neivor Canton e o diretor comercial Leomar Somensi, mostram que o desempenho do primeiro semestre deste ano confirma essa escalada exportacionista. 

Nesses primeiros seis meses de 2021 foram exportadas 291,5 mil toneladas de carne e derivados, o que representa um crescimento de 18% sobre o mesmo período do ano anterior. 

Em volumes, 55% é composto por proteína de frango e 45% de suíno. 

Em receitas cambiais, as exportações desse primeiro semestre renderam R$ 667,8 milhões de carne e derivados, que representa um crescimento de 23% sobre o mesmo período do ano anterior. 

As vendas de carne de frango contribuíram com 40% para esse resultado e, as carnes suínas, com 60%. 

O diretor comercial avalia como “muito positivo” o balanço das exportações do primeiro semestre, “apesar dos elevados custos dos insumos (milho e farelo de soja) e do protecionismo de alguns mercados”.

Da mesma forma, as expectativas para o segundo semestre são otimistas. 

“Há sólidas previsões de aumento do consumo decorrente do avanço da vacinação e da retomada gradual do turismo. Os custos de produção, contudo, irão se manter elevados, pressionando a reposição dos preços e a retração das margens,” analisa Leomar Somensi. 

Mas o cenário também comporta desafios, como lembra o presidente Canton. 

A avicultura e a suinocultura industrial enfrentam, neste ano, o violento encarecimento dos insumos e, em especial, da alta sem precedentes no preço dos grãos (milho, farelo de soja etc.) e de embalagens, entre milhares de outros itens.

Segundo Canton, o desafio é manter a competitividade de toda a cadeia produtiva, especialmente dos milhares de produtores rurais. 

DESEMPENHO ANUAL 

O presidente Neivor Canton prevê que, em se mantendo os volumes médios mensais faturados até aqui, a expectativa é de encerrar o exercício com um crescimento no negócio aves em faturamento na ordem de 15%, sendo 24% de acréscimo no mercado externo e 3,3% no mercado interno.

No negócio suínos, a previsão é de finalizar o ano com um crescimento no negócio suínos em faturamento na ordem de 20%, sendo 40% de acréscimo no mercado externo e 6% no mercado interno.