TECNOLOGIA

Startups usam tecnologia para aumentar a segurança de transações bancárias digitais 

28/10/2020 09:00:00

Startups usam tecnologia para aumentar a segurança de transações bancárias digitais 

A pandemia de Covid-19 acelerou a adoção do uso de pagamentos digitais pela população brasileira. 

Para atender às novas necessidades dos usuários, instituições financeiras estão investindo em aplicativos e ferramentas que permitam transações online, a qualquer hora e em qualquer lugar. 

O PIX, nova ferramenta de transações bancárias do Banco Central, é um exemplo disso, pois permitirá pagamentos instantâneos 24 horas. 

A entrega desses serviços aos usuários exige, no entanto, investimento em segurança. 

 

Certificação digital para automatizar os processos e garantir a autenticidade das transações  

 

A certificação digital é uma ferramenta cada vez mais usada por empresas para melhorar a segurança e agilizar processos. 

 O Banco Inter, primeiro banco 100% digital do Brasil, por exemplo, usa a tecnologia para compensação de cheques por imagem. 

 A solução é utilizada por uma média de 5 mil clientes por dia, todos usuários da Conta Digital.

Como é estável, o sistema não fica indisponível mesmo com o grande volume de imagens processadas diariamente.

 

Para isso, o Banco Inter conta com o apoio da BRy Tecnologia, empresa de Florianópolis que desenvolve a assinatura digital e o carimbo do tempo que são usados pela instituição financeira. 

 

O CTO da BRy Tecnologia, Cristian Thiago Moecke, explica:

 

“A operação reduz o tempo do processo e os gastos com transporte, uma vez que os documentos passaram a ser assinados com certificado digital ICP-Brasil e encaminhados eletronicamente para as agências”.  

 

Eduardo Cotta, gerente-executivo de Conta Digital no Banco Inter, afirma:

 

“Todas as imagens recebidas para compensação são enviadas à Associação Brasileira de Bancos (ABBC)”.

“As assinaturas realizadas com a solução da BRy Tecnologia nunca foram devolvidas pela Associação Brasileira de Bancos (ABBC), todas foram aceitas pela instituição sem questionamentos”. 

 

Tecnologia para validação de dados bancários

 

A renovação digital é essencial para o setor financeiro.

Aliar tecnologia aos serviços já oferecidos pode gerar inúmeros ganhos às empresas. 

Tarefas simples, como transferências entre contas, podem gerar problemas para as empresas, como contas fantasmas, abertas no nome de pessoas que não existem. 

 

A Transfeera, startup open banking de Joinville, desenvolve uma tecnologia que realiza justamente a validação dos dados bancários, proporcionando maior segurança e agilidade no processo de coleta de dados para futuros pagamentos. 

 

A solução de validação é usada por clientes como iFood, Rappi e PayGo, que fazem inúmeras transações para pagar diversos estabelecimentos.

 

Guilherme Verdasca, CEO da startup, comenta:

 

“Cada novo cadastro de um recebedor passam por uma validação, assim a Transfeera garante que o favorecido certo receba o pagamento, evitando perdas, falhas e possíveis fraudes”.

“Sempre que houver divergência ou erro cadastral nos dados bancários fornecidos, nossos clientes podem se antecipar e solicitar a correção dos dados a seus clientes, fornecedores e parceiros”. 

 

Reconhecimento facial para maior segurança de pagamentos

 

Com foco em supermercados e farmácias, a startup Payface vem há dois anos usando esta tecnologia para conectar o rosto de cada usuário com o meio de pagamento associado. 

Assim, sem precisar mostrar o cartão, o consumidor faz suas compras usando apenas o rosto, reduzindo chances de fraude e perda de documentos. 

 

O CEO, Eládio Isoppo, afirma que, com a solução de biometria associada a outras técnicas, a empresa construiu uma metodologia segura e à prova de falsificação. 

Ele comenta que com a acurácia de reconhecimento que temos, não é possível burlarem o sistema com fotos ou qualquer meio de reprodução de imagem.

Após a tecnologia reconhecer a face do usuário, é necessário apenas uma aproximação da mão no aparelho localizado no comércio para que o valor seja confirmado e debitado no meio de pagamento de preferência — de cartões de crédito, private labels (cartões de varejistas), wallets (carteiras virtuais), adquirentes, subadquirentes até gateways de pagamento.