Efici�ncia do frete a�reo mostra resultados na luta contra pandemia global

07/07/2020 16:30:00

Efici�ncia do frete a�reo mostra resultados na luta contra pandemia global

Desde março, a Allog, empresa de logística internacional com matriz em Itajaí, vem prestando assessoria logística aos importadores brasileiros para assegurar o transporte de cargas de equipamentos de proteção individual (EPIs) da China. 

Uma das principais estratégias é o fretamento de voos exclusivos para atender a demanda de emergência médica para diferentes regiões do Brasil.

 

Até o momento, a Allog já transportou 30 milhões de máscaras faciais em sete aeronaves fretadas e alguns voos comerciais. 

Além das máscaras, a empresa também trouxe ao Brasil testes rápidos para Covid-19 e seus acessórios.

 

Os voos charters são utilizados através de aeronaves ociosas que estariam estacionadas durante a pandemia e ajudam a manter abertas as linhas vitais da cadeia de suprimentos. 

Uma projeção da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA na sigla em inglês) divulgada na primeira semana de junho em Genebra, na Suíça, mostra que as receitas da movimentação de carga das companhias aéreas atingirão quase US$ 110,8 bilhões em 2020 (acima dos US$ 102,4 bilhões em 2019). 

Como parte da receita da indústria da aviação, a carga contribuirá com aproximadamente 26% do faturamento das companhias.

Acima dos 12% que representou em 2019.

 

Conforme Bruna Rossi, gerente de produto aéreo da Allog, o modal normalmente é selecionado para momentos de urgência devido ao seu menor tempo de trânsito na movimentação das cargas. 

 

Valor do transporte: oferta e demanda

 

Entre as vantagens do fretamento de aeronaves de passageiros para trazer itens como máscaras faciais estão a acessibilidade a uma gama maior de aeroportos, a economia e a possibilidade de escolha da aeronave. 

O valor do frete aéreo está diretamente relacionado à dinâmica de oferta “versus” demanda.

No começo de março, segundo Bruna, as companhias reduziram drasticamente sua malha de voos comerciais, diminuindo, assim, a capacidade de espaço para o transporte de cargas. 

Ao mesmo tempo, a demanda por EPIs aumentou globalmente, o que fez os valores de fretes subirem. 

 

 Bruna Rossi explica:

 

“Houve um grande pico de importações de EPIs entre março e maio, saturando o mercado interno”. 

“Além disso, as companhias estão retornando, aos poucos, seus voos, ampliando a capacidade e reduzindo gradativamente as tarifas”.

“Com a reativação gradativa dos voos comerciais, a tendência é o crescimento da capacidade de transporte pelo modal aéreo”. 

“Com este novo cenário, o frete torna-se mais estável e atrativo para indústria em geral, o que facilitará a retomada das importações no mercado brasileiro”.