INDÚSTRIA

Indústria de SC tem saldo positivo de 809 novos empregos em setembro

31/10/2025 12:30:00

Indústria de SC tem saldo positivo de 809 novos empregos em setembro

Santa Catarina registrou incremento de 11,4 mil vagas de trabalho em setembro.

O desempenho foi puxado pelo segmento de serviços, que contabilizou a criação de cerca de 7,6 mil postos, seguido pelo comércio, que gerou 2,3 mil empregos.

A agropecuária teve saldo positivo de 639 postos.

Já a indústria foi responsável por 809 novas oportunidades de trabalho em setembro. 

Refletindo o tarifaço dos Estados Unidos sobre as importações brasileiras, o setor de madeira e móveis registrou a perda de quase 1 mil postos de trabalho em setembro.

Dados do Caged compilados pelo Observatório FIESC mostram que o segmento da madeira teve saldo negativo de 734 vagas e o de móveis, de 248 postos de trabalho.

O setor metalmecânico e de metalurgia contabilizou a perda de 217 empregos com carteira assinada no período. 

Na direção oposta, o setor de alimentos e bebidas foi o que trouxe os melhores resultados, com a geração de 705 vagas, seguido pelo têxtil, confecções, couro e calçados, com 624 empregos.

Esses ramos estão sendo impactados positivamente pelo nível de consumo das famílias.

A construção civil criou 449 novas oportunidades de trabalho.

ACUMULADO DO ANO 

De janeiro a setembro, o estado gerou 95 mil vagas, das quais 42,5 mil vieram da indústria.

O setor de serviços criou 43,8 mil postos de trabalho, o comércio contabilizou 8,4 mil e a agropecuária gerou saldo positivo de 336 oportunidades no ano até setembro.

Na comparação com o mesmo período do ano passado, a indústria gerou 16 mil vagas a menos entre janeiro e setembro.

Considerando todos os setores, SC criou 35,8 mil postos de trabalho a menos.

O presidente da Federação das Indústrias de SC (FIESC), Gilberto Seleme, explica:

“O desempenho do emprego industrial reflete os efeitos da desaceleração econômica, motivada pela elevada taxa de juros, e também o impacto do tarifaço dos Estados Unidos”.

Camila Morais, economista no Observatório FIESC, diz:

“O saldo negativo nesse segmento é reflexo também da desaceleração da produção industrial decorrente de uma política de crédito restritiva, com altas taxas de juros, que acaba inibindo ou postergando investimentos”.