Santa Catarina exportou US$ 4,9 bilhões de janeiro a maio de 2025, registrando um crescimento de 6,4% em comparação ao mesmo período do ano passado.

Os dados, compilados pelo Observatório da Indústria da FIESC, mostram que, no mesmo intervalo, as importações somaram US$ 14,1 bilhões, alta de 7,8%, mantendo o estado com saldo negativo na balança comercial, mas com desempenho positivo nas principais cadeias exportadoras.

O setor de carnes segue como principal motor das exportações catarinenses.

As vendas externas de carne de frango lideraram a pauta, com US$ 946,8 milhões — alta de 14,2% na comparação anual.

Já a carne suína, segundo item mais exportado, teve aumento de 17,8% e somou US$ 683,5 milhões até maio.

Por outro lado, produtos industriais e agrícolas apresentaram retração.

As exportações de motores elétricos caíram 19,2% (US$ 233 milhões), e as de partes de motores, 20,6% (US$ 171,2 milhões).

A soja também registrou queda expressiva, com recuo de 30,6%, totalizando US$ 189,5 milhões no período.

IMPORTAÇÕES SEGUEM EM ALTA

As importações catarinenses avançaram em ritmo superior ao das exportações.

O item mais importado foi o cobre refinado, que cresceu 6,1% e totalizou US$ 564,6 milhões.

Em seguida, vêm partes e acessórios para veículos (US$ 376,1 milhões, alta de 16,2%) e polímeros de etileno (US$ 289,5 milhões, queda de 9,2%).

Um dos destaques do período foi o aumento de 266,8% nas importações de aços laminados planos, que alcançaram US$ 256,3 milhões.

A compra de veículos também teve alta expressiva: 32,7%, chegando a US$ 247,7 milhões.

DESTINOS DAS EXPORTAÇÕES 

Os Estados Unidos seguem como o principal destino das exportações de Santa Catarina, com US$ 702,6 milhões, apesar de uma leve queda de 3,3%.

A China aparece em segundo lugar, com US$ 502,3 milhões (-2,5%).

A Argentina, em terceiro, teve crescimento expressivo de 34,8%, somando US$ 369 milhões.

No ranking dos maiores destinos, o Japão subiu do quinto para o quarto lugar, com alta de 18,9% nas compras de produtos catarinenses.

O Chile também avançou, passando de sexto para quinto maior destino, com aumento de 31,3%.

Já o México perdeu posição, caindo do terceiro para o sexto lugar, com queda de 13,8%.

PRINCIPAIS ORIGENS DAS IMPORTAÇÕES 

A China segue como principal origem das importações catarinenses, com US$ 6,1 bilhões entre janeiro e maio — alta de 10,4%.

Os Estados Unidos estão em segundo lugar, com US$ 912,3 milhões (-6,9%), seguidos pelo Chile, com US$ 876,6 milhões (+5,6%).