EXPORTAÇÕES
Santa Catarina exporta US$ 11,6 bilhões em 2023
12/01/2024 12:00:00
A economia catarinense exportou um montante de US$ 11,6 bilhões ano passado.
Apesar do bom desempenho, o valor representa recuo de 3,3% em relação a 2022.
De acordo com análise do Observatório FIESC, os dois últimos meses de 2023 registraram crescimento no mercado global, o que favoreceu, em parte, a recuperação das quedas registradas no segundo semestre.
China, Argentina, México, Chile e Japão seguem a lista dos maiores destinos das vendas de Santa Catarina ao exterior.
As carnes continuam sendo os principais produtos exportados pelo estado, com aumento nas vendas de aves para China, Arábia Saudita e México, além de ser a líder nacional no abate de suínos, com exportação do produto para Filipinas, Chile e Japão.
Na agropecuária, a expansão foi de 16,6%, com o montante de US$ 954 milhões.
A atividade foi impulsionada pela produção recorde de soja no estado, estimada em 3 milhões de toneladas, em que a China é o principal destino catarinense.
Outros itens também incentivaram o setor, como a produção de ovos, com US$ 20 milhões em exportação, o arroz, que saltou de US$ 422 mil para US$ 7,4 milhões e venda de maçãs, que passou de US$ 3,6 mi para US$ 5,3 mi.
Já a indústria automotiva teve crescimento de 10% em relação ao ano anterior, com US$ 880,7 milhões.
Além de ampliar o fornecimento de insumos para o México, SC exportou barcos de pesca para o Chile e barcos de recreação para os Estados Unidos e Itália, o que fez do estado líder nacional na exportação desses produtos.
Houve também ampliação das vendas de partes de motor para Alemanha e Reino Unido, devido às políticas de fomento da produção de veículos elétricos, no primeiro semestre, na União Europeia.
As indústrias de madeira e móveis e equipamentos elétricos estão entre os setores que mais venderam internacionalmente em 2023, somando mais de US$ 2,4 bilhões na pauta exportadora.
CENÁRIO DAS IMPORTAÇÕES
Em 2023, o estado comprou US$ 28,8 bilhões em produtos, mantendo o ritmo de 2022, estimulado pelo consumo das famílias.
Destaque para a aquisição de bens de consumo duráveis como eletrodomésticos de cozinha, refrigeradores, máquinas de lavar roupa e videogames.
As importações catarinenses também foram incentivadas pelo crescimento nas compras de insumos industriais de setores ligados a esse consumo, além da queda nos preços internacionais.
Com isso, o setor plástico, por exemplo, ampliou as compras de polímeros de etileno, com o aumento da produção.
SC é o segundo maior produtor nacional no setor e importante fornecedor de embalagens e artefatos de plástico para o restante do país.
Já no setor de alimentos e bebidas, o destaque foi o aumento das compras de leite concentrado da Argentina, das preparações alimentícias do Uruguai e de bebidas não alcoólicas da Suíça e Áustria.
Já as importações da indústria automotiva cresceram 22,3% em 2023, com aumento das compras de partes e acessórios da Coreia do Sul e México e de pneus de borracha da China e Vietnã.
Entre os principais fornecedores, a China mantém a liderança, representando 40,7% das compras internacionais do estado.
Destaque também para o crescimento da participação dos EUA, que ultrapassou o Chile e assumiu a segunda colocação dentre as principais origens das importações catarinenses.
O presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), Mario Cezar de Aguiar, observa:
“Um aspecto a comemorar é que pelo terceiro ano consecutivo, os Estados Unidos se mantêm como principal destino das exportações de produtos manufaturados, ou seja, da transformação industrial catarinense”.
“Essa condição comprova a elevada competência da nossa indústria, tendo em vista que o mercado norte-americano é o mais competitivo do planeta”.
O presidente da FIESC também ressalta que 2023 foi o segundo ano consecutivo em que as vendas externas catarinenses ultrapassaram os US$ 11 bilhões:
“A indústria de alimentos e bebidas, por exemplo, cresceu 4,8% em comparação com o ano passado e alcançou US$ 4,4 bilhões negociados”.
João Pitta, economista do Observatório FIESC, explica:
“Por outro lado, esses setores registraram queda em comparação com 2022, prejudicados pela desaceleração econômica de seus principais parceiros comerciais, como a Europa e os EUA".
"Para amenizar esse recuo, Santa Catarina diversificou os produtos de sua pauta principal, como, por exemplo, a venda de transformadores e painéis para comandos elétricos”.
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