EXPORTAÇÕES

Santa Catarina exporta US$ 923,5 milhões em novembro

20/12/2023 15:00:00

Santa Catarina exporta US$ 923,5 milhões em novembro

Santa Catarina registrou um crescimento de 5,1% nas exportações em novembro, em comparação ao mês anterior, na série livre de efeitos sazonais. 

O estado exportou US$ 923,5 milhões de produtos, sendo o primeiro aumento no montante, após quatro quedas consecutivas na análise mensal, de acordo com avaliação do Observatório FIESC.

Entre os fatores que contribuíram para o saldo positivo, estão as colheitas de grãos em 2023, como a soja, responsável por US$ 80,5 milhões no valor exportado, um aumento nas vendas de mais de quatro vezes em relação a novembro de 2022. 

Além disso, o estado atingiu recorde em área colhida, alcançando 775.849 hectares em novembro, tendo a China como o principal comprador. 

Os transformadores elétricos, por exemplo, subiram dez posições nos últimos 12 meses e hoje compõem a pauta exportadora principal do estado. 

Esse movimento fez o setor de equipamentos elétricos registrar crescimento de 5,3% em relação a novembro do ano passado e compensar a queda nas vendas de seu principal produto exportado, os motores elétricos.

Quanto aos parceiros comerciais, os Estados Unidos lideram as compras de SC no mês, com US$ 162,8 milhões. 

Esse valor foi impulsionado pela recuperação gradual das vendas de alguns produtos do setor madeireiro, devido ao aquecimento das obras de infraestrutura na economia estadunidense. 

Em seguida está a China, com US$ 129,6 milhões, estimulada pelo crescimento das vendas de soja, e o México, com US$ 71,3 milhões em exportações, especialmente de carnes de aves e suína e de insumos para indústria automotiva. 

Destaque ainda para as exportações de sucata de ferro para a Índia, recipientes de papel para os Estados Unidos, México e Paraguai e aparelhos de conexão para circuitos elétricos na Argentina. 

Por outro lado, apesar do saldo positivo nas exportações, alguns setores apresentaram queda na análise interanual. 

A desaceleração na construção residencial nos Estados Unidos vem afetando o setor de móveis e a menor demanda de carne suína na China e de carne de aves no Japão impactaram a exportação do setor alimentício no estado.

IMPORTAÇÕES 

O cenário das importações também foi positivo no mercado, com um montante de US$ 2,5 bilhões e crescimento de 11,0% em relação a outubro.

No entanto, na análise interanual, teve recuo de 4,5%, incentivado, em parte, pela queda no preço médio dos produtos importados pelo estado.

Com a queda no preço médio dos produtos importados, os principais itens comprados foram os insumos dos setores de produtos químicos e plásticos e de metalurgia e metalmecânica, como os polímeros sintéticos e os revestimentos de ferro laminados, respectivamente, além de fertilizantes potássicos.

Entre os países de origem, destaque para a China, líder com US$ 1,1 bilhão negociado no mês. 

O consumo das famílias estimulou a importação de bens de consumo duráveis, como os eletrodomésticos de cozinha, aspiradores de pó, as máquinas de lavar roupa, os brinquedos e videogames, este último passou de 90º para 15º produto mais importado pelo estado, em relação a novembro de 2022.

Mario Cezar de Aguiar, presidente da FIESC, afirma:

“A diversificação das exportações foi outro fator que contribuiu para o crescimento no mês, resultado da competitividade das empresas catarinenses”.

Vicente Heinen, economista do Observatório FIESC, ressalta:

“Alguns países diminuíram suas participações na pauta exportadora catarinense, como a Holanda e Reino Unido. Nesse contexto, também está a Alemanha, maior economia da Europa, que teve o quarto recuo consecutivo na produção industrial em outubro, associado à queda do setor de máquinas e equipamentos”.