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Venda da Cia. Hering esquenta disputa judicial entre herdeiros

27/04/2021 13:59:00

Venda da Cia. Hering esquenta disputa judicial entre herdeiros

Nem tudo são flores na venda da  Cia. Hering ao grupo Soma por mais de R$ 5 bilhões. Alguns integrantes da família Hering, que detêm ações da empresa por meio da holding Inpasa, estão em briga.

O caso é bem conhecido em Blumenau.  Uma ação tramita na Justiça desde 1997, envolvendo trocas de acusações entre os herdeiros.

Reportagem do InfoMoney mostra que três herdeiros da quinta geração de um dos fundadores da Hering acusam Ivo Hering, presidente do conselho de administração da empresa, dois outros membros da família — Klaus Hering e Antônio Diomário Queiroz — e a própria companhia de se apropriarem da participação acionária a qual eles teriam direito.

“A Soma deveria prestar atenção no que estamos fazendo porque contra fatos não há argumentos”, disse o herdeiro Pedro Hering Bell ao Infomoney.

Ele é um dos autores da ação ao lado de seus irmãos, Rafaella Hering Bell e Eduardo Teodoro Hering Bell.

Veja os principais dados da reportagem, que pode ser conferida AQUI.

Os três são netos de Eulália Hering e Max Victor Hering, ambos falecidos. Max Victor é neto de um dos fundadores da Cia Hering e foi diretor da empresa entre 1931 e 1946, quando faleceu aos 58 anos. Eulália, com quem se casou em 1934, faleceu em 2006, aos 97 anos.

Segundo a notícia, Eulália era detentora de quase 10% da Inpasa, holding da família controladora que detém 6,8% do capital da Hering. 

Os herdeiros alegam que essa fatia teria sido reduzida por meio de uma série de ações fraudulentas em benefício do tio Klaus e também de Ivo Hering e com conhecimento da empresa.

O Infomoney informa que, em documento ajuizado no Tribunal de Justiça de Santa Catarina, os irmãos pedem que sejam declaradas nulas as vendas de ações que lhes pertenciam, com bloqueio dos respectivos dividendos. 

Os autores alegam que as irregularidades acontecem desde 1997 — ano em que a Ceval Alimentos, controlada pela família, foi vendida.

Procurada pela reportagem da InfoMoney, a Cia. Hering afirmou que desconhece o processo e não fará comentários. Por meio de seu advogado, Ivo Hering disse ao portal que o que sabe sobre o caso resume-se “a notas de jornal”.  Diomário Queiroz também afirmou desconhecer o “objeto e os termos do processo”. Klaus não retornou o contato feito pelo InfoMoney, segundo o portal.