SAÚDE

HEMOSC inicia a produção de Colírio produzido a partir do sangue do próprio paciente

23/04/2024 09:00:00

HEMOSC inicia a produção de Colírio produzido a partir do sangue do próprio paciente

O Centro de Hematologia e Hemoterapia de Santa Catarina (HEMOSC) iniciou o processo de produção do Colírio de Soro Autólogo

A unidade é a única a desenvolver o produto no Estado.

O colírio é desenvolvido sob prescrição médica para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), sob encaminhamento do por oftalmologistas pelo Sistema de Regulação (SISREG).

A entrega dos primeiros frascos de Colírio de Soro Autólogo ocorreu na última semana, para o paciente Thierry Gustavo da Maia, de 19 anos, natural da cidade de Itinga. 

Caçula de nove filhos, foi diagnosticado aos três anos com a síndrome de Stevens-Johnson que acarretou danos oculares. 

Segundo Thierry, o novo tratamento irá melhorar sua visão, pois seu olho é muito ressecado.

De acordo com a mãe de Thierry, Sara Amaral de Oliveira, as últimas lágrimas do filho foram aos três anos. 

A doença que ele tem ocasiona esse sintoma. 

O colírio auxiliará na hidratação dos olhos do rapaz. 

A coleta do sangue de Thierry para a produção do colírio ocorreu no começo de abril. 

As amostras de sangue são processadas para produzir um colírio estéril que somente é entregue ao paciente após a realização de testes de controle de qualidade.

O HEMOSC possui autorização da Vigilância Sanitária para a produção do colírio seguindo requisitos de qualidade, como rastreabilidade e esterilidade. 

A partir da coleta de 8 tubos de 10 mL de sangue total são produzidos cerca de quatro frascos de 10 mL de colírio.

O Colírio de Soro Autólogo será produzido no HEMOSC Florianópolis e não pode ser compartilhado, é somente de uso próprio.

O diretor médico do HEMOSC, Guilherme Genovez, explica:

“Este colírio é indicado para o tratamento de doenças graves da superfície ocular, doença do enxerto versus hospedeiro com manifestação ocular, síndrome de Stevens-Johnson, síndrome de Sjogrën, olho seco severo e entre outras condições clínicas”.

A diretora-geral do HEMOSC, Patrícia Carsten, destaca que o início da produção é um marco para a instituição:

“Houve um empenho da Secretaria de Estado da Saúde, da FAHECE e do HEMOSC para esta iniciativa que se tornou realidade". 

"É mais um serviço especializado que o HEMOSC disponibiliza para a população catarinense”.