Indústria Têxtil
Estudantes da Udesc propõem solução para salários da indústria têxtil de SC
29/09/2020 11:00:00

Um trabalho desenvolvido em sala de aula por estudantes do curso de graduação em Ciências Econômicas da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) propõe uma solução para melhorar a produtividade e os salários de costureiras na indústria têxtil do Alto Vale do Itajaí.
O estudo concluiu pela viabilidade de implantação de uma certificação para as trabalhadoras, que proporcionaria ganhos salariais conforme a produtividade.
O desafio, proposto aos alunos pelo Sindicato das Indústrias da Fiação, Tecelagem, Confecção e do Vestuário do Alto Vale do Itajaí (Sinfiatec), foi avaliar a possibilidade de estabelecer um salário-piso para as costureiras da região.
O sindicato das empresas também pediu um estudo sobre a implantação de uma certificação para as trabalhadoras.
O objetivo é melhorar a eficiência do setor.
Os resultados foram apresentados pelos alunos ao setor empresarial na manhã da última sexta-feira (25), em videoconferência durante aula da disciplina Microeconomia 3.
A videoconferência foi ministrada pela professora doutora Marianne Zwilling Stampe, do Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas (Esag), unidade da Udesc que oferece o curso de Ciências Econômicas, em Florianópolis.
Também participaram da apresentação os empresários Rafael Boaventura, vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado (Fiesc) para o Alto Vale do Itajaí, e Hemerson May, que estabeleceu o primeiro contato com a Udesc Esag para propor o desafio aos estudantes.
Piso e certificação
O estudo foi elaborado pelos estudantes Gabriel Okawati, Débora Oliveira, Leonardo Machado, Nelson Ambros, Pietro Figueiredo, João Gomes, Taiamã Demaman e Bernardo Trebien.
Eles foram orientados pela professora Marianne Stampe.
Uma análise macroeconômica mostrou que as costureiras vêm sofrendo perdas reais (descontada a inflação) do valor de seus salários ao longo dos últimos anos.
Mas a proposta elaborada pelos alunos se afasta da fixação de um salário-piso, ideia que não é bem vista pela teoria econômica.
Em vez, disso, o trabalho propõe um sistema de certificação capaz de distinguir as trabalhadoras mais produtivas, para remunerá-las melhor.
O estudo concluiu pela viabilidade de implantação de um sistema de certificação.
Para isso, o trabalho usa a teoria dos jogos e o problema de informação assimétrica para demonstrar a vantagem de remunerar melhor as trabalhadoras mais produtivas.
Além disso, o estudo sugere um modelo econométrico para medir se a certificação de fato aumenta a produtividade.
Isso pode ser feito separando as costureiras em dois grupos (um que recebe a certificação após treinamento e outro não) e medindo as diferenças.
O trabalho também sugere ouvir demandas das costureiras para melhorar o ambiente de trabalho, com base na economia comportamental, com efeitos também na produtividade.
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