Pesquisa aponta que mais de 2 mi de catarinenses n�o tem acesso a servi�os b�sicos

20/05/2020 17:05:00

Pesquisa aponta que mais de 2 mi de catarinenses n�o tem acesso a servi�os b�sicos

Mais de 2,5 milhões de catarinenses ainda não têm acesso a serviços de esgotamento sanitário. 

O dado foi levantado pela Associação Brasileira das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto (ABCON).

Em meio à pandemia de Covid-19, 801 mil moradores do estado sofrem ainda com a falta de água potável para beber, cozinhar alimentos e lavar as mãos.

Apenas nos dois primeiros meses do ano, 2,2 mil catarinenses foram internados com doenças causadas pelo consumo de água contaminada.

 

Dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) ilustram essa realidade nas três maiores cidades do estado:

 

  • Em Joinville, quase 400 mil pessoas (68,2%) não têm acesso ao serviço de coleta de esgoto e mais de 13 mil não são abastecidas com água tratada

  • Na região metropolitana de Florianópolis, os efluentes de 61,2% dos mais de um milhão de habitantes não são recolhidos, enquanto 4,5% (quase 54 mil pessoas) da população não possuem água potável nas torneiras

  • A situação de Blumenau é um pouco melhor. Se por um lado alcançou a universalização no abastecimento de água (99,9%), seis em cada dez moradores do município (59%) sofrem com a falta de redes coletoras de esgoto

 

As informações constam no Painel Saneamento Brasil.

 

O presidente da ABCON, Percy Soares Neto, avalia:

 

“Alguns estados do Sul, como Santa Catarina e Rio Grande do Sul, que têm alto Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e boas condições de educação e economia, deveriam enfrentar de forma mais assertiva a questão do saneamento”.

“A falta de investimentos em saneamento tem levado, em média, a 30 mil internações hospitalares por mês no país”. 

“São 30 mil leitos que não estão disponíveis para atender pacientes com covid-19 porque são ocupados por pessoas que vivem em condições insalubres. Isso é inaceitável em um país com o nível de investimento do Brasil”.  

“Para a pessoa que vive num bairro sem esgoto, não interessa se ela é 1%, 10% ou 20% da população”. 

“É um cidadão ou uma comunidade de cidadãos que não está atendida pelos serviços”.