A Geekhunter, startup de Florianópolis que desenvolve uma plataforma para seleção e contratação de profissionais de TI, anunciou no final de outubro, um aporte de R$ 2 milhões pelos fundos Gávea Angels, Bossanova e Hangar 8, que vai ajudar a expandir a atuação da empresa a outros polos de tecnologia no Brasil e a desenvolver novas soluções em seu marketplace.

Na visão do CEO e cofundador Tomás Ferrari, a “dor” do mercado que a startup se destina a resolver (a dificuldade de empresas encontrarem profissionais de tecnologia) vai se tornar cada vez maior nos próximos anos.
 

“Hoje, a demanda anual no mercado brasileiro de TI por engenheiros, cientistas da computação e desenvolvedores é de 70 mil pessoas por ano, enquanto se formam 46 mil profissionais anualmente”, explica. 

O cenário será agravado com os recentes investimentos – feitos em escala inédita no ambiente de startups no país – por fundos internacionais como Softbank e Kaszek Ventures, que estão criando novos ‘unicórnios’ e estão demandando, desde agora, um expressivo contingente de profissionais de tecnologia. “Isso é muito perceptível pra gente.

Cada vez que uma empresa recebe um grande aporte, ela naturalmente abre muitas vagas para os times de TI”, reforça Tomás.

Ele fundou a empresa em 2015 junto com o irmão gêmeo Celso Ferrari e receberam o primeiro aporte de um grupo de seis investidores anjo, no total de R$ 325 mil. Hoje, a empresa conta com 30 pessoas na equipe, que deve crescer 40% nos próximos meses. 

Na plataforma estão cadastradas 4,5 mil empresas e 90 mil desenvolvedores e engenheiros de software – a proposta é automatizar e agilizar processos como triagem, check salarial, teste prático e agendamento de entrevista com o candidato.

As empresas pagam por contratação realizada e os profissionais recebem, da Geekhunter, um bônus por terem sido contratados (que pode chegar a até R$ 2 mil). Entre os clientes estão marcas como Mercado Livre, B2W, Ambev, Netshoes, entre outras.

Boa parte dos negócios hoje da Geekhunter estão nos mercados de São Paulo, Rio de Janeiro e Florianópolis – com os recursos, a ideia é chegar a outras capitais com alta demanda de profissionais, como Curitiba, Belo Horizonte e Florianópolis.