Empresas catarinenses investem em pol�ticas de compliance e pr�ticas anticorrup��o

03/09/2019 06:00:00

A��es transparentes ajudam colaborar com processos de investiga��o

Empresas catarinenses investem em pol�ticas de compliance e pr�ticas anticorrup��o

De acordo com dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), situações envolvendo corrupção movimentam, em âmbito global, aproximadamente 2,6 trilhões de dólares por ano.

O valor corresponderia a metade do considerado necessário para que governos, em esferas municipais, estaduais e federais, forneçam até 2030 uma infraestrutura adequada aos seus cidadãos.

A fim de mudar essa realidade, grandes e pequenas empresas, sobretudo as que possuem clientes na esfera pública, investem em iniciativas para tornar suas ações transparentes.

Entre implementações de programas de compliance ou programas de integridade, uma delas é o Pacto Global da ONU para estimular que empresas possam alinhar suas estratégias a 10 princípios com foco em vários fatores, incluindo o combate à corrupção.

Ao todo, participam 13 mil membros de 80 redes locais, em 160 países. E o Brasil é um deles, com cerca de 800 membros.

Cerca de 80% das empresas integrantes da Rede Brasil do Pacto Global já adotam ações relacionadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), de acordo com a pesquisa “Integração dos ODS na Estratégia Empresarial”.

O estudo indica que uma das tendências em ascensão no setor privado é a execução de medidas para estimular internamente a sustentabilidade corporativa.

Entre as grandes empresas que integram o pacto no Brasil está a Natura, AmBev, CPFL, Itaú Unibanco, Sebrae e MRV Engenharia e Softplan, uma das maiores desenvolvedoras de software do país.

Recentemente, a companhia investiu no projeto de evolução de seu Programa de Compliance, com o objetivo de manter, aprimorar e disseminar uma cultura de integridade dentro da empresa e consolidar sua imagem como empresa praticante de seus valores nos negócios.

 

Programa de compliance

Em 2016 a Softplan deu início à implementação de seu programa de compliance, o qual se estabelece como um mecanismo que visa disseminar uma cultura empresarial ética e de conformidade com as normas externas e internas, adotando medidas de prevenção, detecção e remediação de possíveis desvios entre a conduta esperada e estabelecida no Código de Conduta, frente à conduta praticada pelos colaboradores e terceiros.

O programa de compliance da Softplan é suportado por 8 pilares que preveem um conjunto de ações que interagem entre si, sendo:

  1. Apoio da alta administração: a cada ano a companhia vem aumentado os investimentos em compliance, demonstrando que o tema é cada vez mais relevante para a condução dos negócios
  2. Recursos de compliance: a companhia conta com uma estrutura dedicada para a implementação e manutenção do programa
  3. Gestão dos riscos de compliance: em 2019 foi realizado um assessment de riscos específico para os riscos de compliance, o qual serve de insumo para direcionar as ações do programa
  4. Políticas de compliance: no mesmo ano, a empresa passou a contar com um rol de políticas relevantes para a temática, entre elas, a revisão e o relançamento de sua principal política: o Código de Conduta
  5. Treinamento e comunicação: com base no conteúdo abordado no Código de Conduta, foi elaborado um treinamento e-learning, aplicável a todos os colaboradores, somado a um teste de conhecimentos que mede o percentual de aproveitamento do curso, assim como a aplicação de treinamentos específicos para a alta administração, lideranças e colaboradores que lidam diretamente com agentes públicos
  6. Diligências de integridade para contratação de terceiros: a seleção de terceiros passou a considerar cuidados específicos, adotando medidas prévias de avaliação de riscos, com a finalidade de analisar a reputação e conformidade com a Lei em todos os âmbitos
  7. Monitoramento e auditoria: é possível acompanhar indicadores de acompanhamento sobre o programa, bem como ações pontuais de auditoria
  8. Canal de Ética: além da criação do Canal de Ética, ferramenta oficial para o reporte de preocupações/denúncias que podem ser realizadas de forma anônima ou identificada, a companhia também conta com o Comitê de Ética, grupo composto por equipe multidisciplinar, preparada para o atendimento dos relatos oriundos do Canal de Ética, garantindo o correto encaminhamento e sigilo de todas as informações reportadas.

 

Tecnologia para gerar transparência

Além do Pacto Global da ONU, outras empresas brasileiras também estimulam ações para combater a corrupção.

É o caso da Effecti, cuja tecnologia desenvolvida possibilita trazer mais transparência ao processo de compras públicas, através de diferentes soluções como Aviso de Licitações, Automação e Envio de Propostas, Disputa de Lances e o Monitoramento do Chat do Pregoeiro.

“Com a automatização da disputa todos os fornecedores podem competir igualmente. Não há negociação por baixo dos panos, pois tudo precisa passar pelo pregão eletrônico e tudo pode ser acessado por qualquer pessoa que deseja saber mais sobre o processo”, comenta Fernando Salla, CEO da Effecti.