CNI reduz para 2% a estimativa de crescimento do pa�s

15/04/2019 05:00:00

Informa��es est�o no Informe Conjuntural do primeiro trimestre

CNI reduz para 2% a estimativa de crescimento do pa�s

Confederação Nacional da Indústria (CNI) revisou para baixo as estimativas de crescimento da economia e da indústria para este ano.

A previsão para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) do país recuou para 2%, ante os 2,7% previstos em dezembro de 2018.

A perspectiva para o crescimento do PIB Industrial caiu de 3% para 1,1%.

As informações estão no Informe Conjuntural do primeiro trimestre divulgado pela CNI nesta quinta-feira, 11 de abril.

“O ritmo da atividade no início do ano foi bem mais fraco do que se esperava. O desemprego permanece alto, as famílias ainda não retomaram o consumo e as empresas enfrentam muitas dificuldades”, afirma o gerente-executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco.

“Além disso, há um certo sentimento de que as medidas, principalmente no campo das reformas estruturais, como a da Previdência, vão demorar um pouco mais para se materializarem e será necessário um prazo maior para que os benefícios das mudanças se espalhem pela economia”, completa gerente.

De acordo com o Informe Conjuntural, a previsão para o aumento do consumo das famílias diminuiu de 2,9% em dezembro para 2,2% agora.

A estimativa para a taxa média de desemprego neste ano subiu de 11,4% em dezembro para 12%.

A perspectiva de crescimento dos investimentos caiu de 6,5% para 4,9%

O estudo lembra que, apesar do fraco desempenho da atividade, os indicadores macroeconômicos são positivos.

Embora mantenha o alerta de que é necessário buscar o equilíbrio fiscal, as previsões da CNI para as contas do governo melhoraram.

O déficit primário projetado pela CNI neste ano caiu de 1,57% do PIB em dezembro para 1,39% do PIB agora.

A previsão para a dívida do setor público diminuiu de 79,5% do PIB para 78,20% do PIB.

 

INFLAÇÃO E JUROS

“A inflação mantém-se estável e sem pressões significativas, com expectativas apontando para uma taxa anual abaixo da meta, e as contas externas seguem favoráveis, a despeito do acirramento dos contenciosos no ambiente internacional”, diz o Informe Conjuntural.

A estimativa da CNI é que a inflação feche o ano em 4,2%, taxa menor do que a meta de 4,25% fixada pelo Banco Central.

Diante deste cenário, a indústria destaca que há espaço para a redução dos juros básicos da economia.

A estimativa para a taxa nominal de juros neste ano foi reduzida de 6,83% em dezembro para 6,42% agora.