Economia brasileira deve ter um avan�o de 2,7% em 2019, aponta CNI

15/01/2019 10:00:00

Previs�es da ind�stria tamb�m indicam queda na taxa de desemprego

Economia brasileira deve ter um avan�o de 2,7% em 2019, aponta CNI
Robson Braga de Andrade, presidente da CNI. Foto: Divulga��o

Impulsionada pela expansão de 3% do setor industrial e de 6,5% do segmento de investimento, a economia brasileira deve ter um avanço de 2,7% em 2019.

As estimativas constam no Informe Conjuntural – Economia Brasileira, divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Outra alta prevista é no consumo das famílias, que deve registrar um salto de 2,9% no ano que vem. Esse cenário, porém, só deve se confirmar se houver um ajuste duradouro nas contas públicas, segundo a entidade.

Para o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, a adoção dessas práticas garante melhorias no ambiente de negócios. Segundo ele, “o país deve se unir em favor de medidas que impulsionem o desenvolvimento econômico e social, como a desburocratização”.

O Informe Conjuntural ressalta ainda que o país tem condições de crescer, e manter essa evolução. De acordo com a CNI, “a resposta dos agentes econômicos poderá ser mais rápida e potencializar o crescimento, caso as medidas essenciais sejam adotadas”.

 

DESEMPREGO E INFLAÇÃO

As previsões da indústria para 2019 também apontam para queda na taxa de desemprego, que deve chegar a 11,4%.

Outra estimativa indica que a inflação do país ficará em 4,1% no ano que vem.

Já a taxa nominal de juros básicos da economia alcançará 7,50% ao ano no fim de 2019.

Apesar das previsões animadoras, a CNI enxerga riscos, caso o país opte por reformas limitadas ou incompletas.

Para a Confederação, a confiança dos empresários e consumidores pode diminuir, o que resultaria na estagnação da economia.

“Essa situação poderá ter um afeito devastador na confiança dos agentes, causando rápida deterioração dos indicadores de risco-país, ativos financeiros e taxa de câmbio, com reflexos na taxa de juros doméstica”, alerta a CNI.

 

 

FRUSTRAÇÃO

De acordo com o informe da CNI, o crescimento do país neste ano ficou abaixo do que se estimou no fim de 2017.

Para a instituição, o adiamento das reformas foi um dos fatores que prejudicou o desempenho da economia e do próprio setor.

O Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todas as riquezas produzidas no país, deve encerrar 2019 com crescimento de 1,3%.

A previsão inicial apontava que o indicador terminaria o ano em 2,6%.

O PIB da indústria também deve crescer apenas 1,3%, índice menor do que os 3% estimados no início do ano.