Setor de tecnologia de SC � alvo de investidores
07/11/2018 17:00:00
Mercado de fus�es deve crescer este ano tanto em SC quanto no pa�s
Leonardo Cardoso, s�cio da LKC Capital, boutique focada em opera��es de fus�es e aquisi��es sediada em Santa Catarina.
O número de fusões e aquisições deve bater recorde no mercado brasileiro neste ano.
Um estudo da KPMG mostra que, nos primeiros seis meses, foram fechadas 20% mais operações do que no mesmo período do ano passado.
O crescimento foi impulsionado principalmente por empresas de internet e tecnologia.
Em SC, várias transações ocorreram este ano, uma das mais expressivas envolveu a multinacional Cargill, uma das maiores empresas do mundo, e a Agriness, de Florianópolis, que atua em toda a América Latina.
A catarinense foi assessorada pela LKC Capital, empresa de consultoria e assessoria em fusões, que estima concluir em 2018 cinco transações exclusivamente no segmento de TI.
A LKC recentemente adquiriu a empresa de consultoria BrightSea Consulting, tornando-se uma das principais empresas do ramo no Sul do Brasil.
De acordo com o sócio da Bzplan, Marcelo Wolowski, existe um grande potencial no estado:
“Enquanto investidores, entendemos que podemos trabalhar no Sul do Brasil porque é uma região empreendedora por natureza, com bom índice de educação e formação acadêmica especializada, o que faz toda a diferença para o desenvolvimento dos negócios”.
Ele destaca que o setor de inovação tende a ter alta valorização:
“A tendência é que o setor de tecnologia continue à frente de outros setores quando falamos em fusões e aquisições. O empreendedor moderno já se prepara para uma operação de M&A porque sabe que essa é uma maneira de agregar valor e obter sucesso”.
DIFERENCIAIS
O ecossistema de tecnologia catarinense já representa 5,6% do PIB do estado.
O presidente da Associação Catarinense de Tecnologia, Daniel Leipnitz, lembra que o setor começou a se desenvolver de forma peculiar, com pessoas que vieram para o Estado estudar e acabaram empreendendo. Nessas pouco mais de três décadas, o segmento atingiu 2 mil empresas e R$ 6,5 bilhões de faturamento anual só na grande Florianópolis.
Por aqui, são mais de 12 mil empresas e R$ 15,5 bi de faturamento.
“Diferentemente de outras regiões do país, onde a inovação é calcada muitas vezes em multinacionais, em Santa Catarina ela é constituída em sua maioria por empresas que são criadas aqui. Desenvolvemos, assim, um ecossistema muito rico em soluções e empresas que resolvem problemas diversos da sociedade”, explica Leipnitz.
Para ele, essa é a razão por que os investidores demonstram tanto interesse no estado:
“Qualquer ecossistema, para se criar, precisa ter um financiamento, para que as empresas estejam sempre inovando. Em razão disso, hoje o mercado de M&A em Santa Catarina está muito forte. Já temos fundos locais atuando, que totalizam cerca de R$ 280 milhões, mas queremos, em cinco anos, por meio do Acate Investimento, chegar a R$ 1 bilhão de fundos”.
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