Por Ana Paula Dahlke
Redação Noticenter

A Associação Catarinense de Supermercados (Acats), não concorda com o Projeto de Lei 0200.7/20018 que torna obrigatório a venda de produtos orgânicos em hipermercados e supermercados de Santa Catarina.

Além de determinar que estes estabelecimentos comerciais reservem locais específicos para a venda dos mesmos.

A proposta foi apresentada neste mês pela deputada Ana Paula Lima (PT), na Assembleia Legislativa, em Florianópolis.

Se a lei for aprovada, os supermercados e hipermercados do estado terão o prazo de 180 dias para se adaptarem às exigências da legislação, estando sujeitos à multa de R$ 5 mil pelo descumprimento, valor que dobra no caso de reincidência.

Ana Paula defende que “a produção orgânica se desenvolveu em ritmo acelerado nos últimos tempos e por isso torna-se imperioso criar um espaço diferenciado para a exposição e venda de produtos orgânicos”.

Paulo Cesar Lopes, presidente da entidade, conversou com o Noticenter e destacou que a Acats “defende o comércio e consumo de produtos orgânicos, mas que o estado não tem toda essa demanda e oferta”.

De acordo com ele, nem todos os super e hipermercados conseguiriam atender à exigência por uma questão logística:

“A durabilidade dos alimentos orgânicos é muito menor. Os estabelecimentos dificilmente irão conseguir ter essa coordenação logística para atender à lei. Sem contar que isso se aplicaria mais em cidades maiores, pois em cidades do interior do estado, por exemplo, a maioria da população acaba plantando os produtos mais básicos e buscam no mercado apenas aquilo que não conseguem produzir”.