A alegre e pitoresca hist�ria das cervejarias de Blumenau
07/03/2018 16:30:00
Atualmente, a cidade sedia um dos maiores festivais do setor
CARLOS TONET
Editor do Noticenter
Santa Catarina se tornou um dos principais polos cervejeiros do país.
Blumenau, que nesta semana sedia um dos maiores festivais do setor, tem uma história rica e divertida em torno de suas cervejarias.
Muitas dessas informações, bem como rótulos de cervejas antigas, encontra-se disponíveis no Arquivo Histórico da cidade.
Em 1860, quando Blumenau tinha apenas 950 moradores, o irriquieto imigrante alemão Heinrich Hosang deu um jeito de fundar a primeira cervejaria da cidade.
A empresa funcionou até 1923.
Uma de suas marcas mais famosas era a Cerveja Victória, ainda fechada com rolha de cortiça.
Em seu livro contábil, Hosang anotava detalhes sobre seus clientes, revelando indiscrições como o consumo diário de três garrafas por parte do médico da colônia, o Dr. Valotton, conhecido por não ser exatamente um profissional sóbrio. Vitorino de Paula Ramos, chefe do Comissariado de Terras, contentava-se com uma garrafa por dia.
A própria família do Dr. Blumenau, fundador da cidade, consumiu 126 garrafas em seis meses, uma média mensal de 21 garrafas.
A partir de 1862, outros fabricantes se estabeleceram em Blumenau.
Até o final do século 19, outras dez pequenas cervejarias surgiram na cidade.
Entre elas estava a Cerveja Rischbieter Brauerei, fundada por Carlos Rischbieter, cuja vida foi marcada por um dado curioso: tendo enviuvado, casou-se posteriormente com a irmã do pai da esposa falecida.
Com isso, tornou-se cunhado do sogro e da própria irmã que, por sua vez, ficou sogra e cunhada do irmão.
Bavária e Favorita foram algumas das marcas produzidas pela empresa, que funcionou até 1914.
A Cervejaria Jennrich colocou no mercado as marcas Estrela, Polar e Kulmbach. Seu fundador, Otto Jennrich, era conhecido pelas esquisitices.
Otto andava de tamancos e não raro embebedava-se com os consumidores de suas cervejas. Fumante de cachimbos, inventou uma máquina de picar fumo com a qual conseguiu decepar um dedo.
Levando a sério uma pilhéria do médico que o informou sobre a impossibilidade de recolocar o dedo no lugar, deixou-o secar e passou a usá-lo como limpador de cachimbos.
RELATO HISTÓRICO
As informações levatadas por mim estão condensadas no artigo “Cervejarias de Blumenau“, publicado na revista Blumenau em Cadernos em setembro de 1960 pelo jornalista e historiador José Ferreira da Silva.
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