Governan�a Corporativa: o segredo da longevidade da sua empresa
09/02/2017 14:34:00
Governan�a corporativa � voltada para empresas de capital fechado e aberto, de pequeno, m�dio e grande porte
A Governança Corporativa é um dos pilares mais importantes da economia global e fator determinante para a sustentabilidade das empresas do século XXI.
Ela trata do método que as empresas e organizações utilizam para se comunicar interna e externamente, assim como a forma que são dirigidas, monitoradas e incentivadas. O objetivo da implementação da Governança Corporativa é aumentar o valor das sociedades empresariais, facilitar seu acesso ao capital e contribuir para sua perenidade.
Ela é voltada tanto para empresas de capital fechado quanto aberto, de pequeno, médio e grande porte.
No ano de 1999 foi lançado o primeiro Código de Melhores Práticas de Governança Corporativa, que trouxe uma evolução considerável no ambiente empresarial brasileiro. Em 2015, ele foi para sua 5ª edição. Conheça os valores do Código:
1- Transparência – disponibilizando, a todas as partes interessadas, informações que sejam de seu interesse e não apenas aquelas impostas na disposição da lei ou regulamentos. Não deve se restringir apenas ao desempenho econômico-financeiro, mas também, aos demais fatores que conduzem à preservação e otimização do valor da organização.
2- Equidade – tratamento justo e isonômico a todos os sócios e stakeholders, considerando seus deveres, direitos, necessidades, interesses e expectativas.
3- Prestação de Contas – feita pelos agentes de governança, de modo claro e compreensível, assumindo integralmente as consequências de seus atos.
4- Responsabilidade Corporativa – os agentes de governança devem zelar pela viabilidade econômico-financeira das organizações, levando em conta seu modelo de negócios e os diversos capitais em curto, médio e longo prazo.
Como surgiu a governança corporativa
A Governança Corporativa vem se desenvolvendo desde o século passado, quando a economia de diversos países sentiu maiores necessidades de desenvolver relações internacionais para expandir suas transações financeiras.
Com estas mudanças na forma de negociação entre as companhias, perceberam-se deficiências justamente nas comunicações, tanto internas quanto externas, o que causava demasiados conflitos entre sócios, herdeiros, acionistas, executivos e outros tomadores de decisão.
Uma série de motivos eram causadores destes conflitos e foi preciso começar a desenvolver mecanismos para que os tomadores de decisão compreendessem que o maior interesse de todos e, assim, a base de suas decisões, deveria ser a sustentabilidade da empresa.
Essa é só a ponta do iceberg
A necessidade da Governança Corporativa está inserida em todas as esferas administrativas. No ano de 2012, na Rio+20, ficou claro que os obstáculos enfrentados pela maioria dos países, ainda que em diferentes estágios de desenvolvimento, estão diretamente ligados à falta de Governança Corporativa ou sua má gestão.
Sabemos que não será da noite para o dia que implementar a Governança em todos os setores públicos fará com que os problemas do mundo sejam resolvidos e todos os países se tornarão exemplos de desenvolvimento, mas é a partir da disseminação do conhecimento ao povo e o incentivo constante à educação, que começaremos a “tirar a venda” que cobre os olhos das sociedades quanto à gravidade de atos como a corrupção e outras falhas nas administrações públicas.
Não apenas conscientizar, mas precisamos incentivar à mudança nas atitudes individuais. No Brasil, todos nós sabemos da existência do “jeitinho brasileiro” e ele é visto como algo que não tem como mudar, pois está no sangue do povo. É absolvido diariamente por gerar “corruptos sem culpa” por toda parte. Assim, a população não enxerga uma solução plausível para acabar com a corrupção política. Portanto, a mudança deve começar por cada um de nós na vida pessoal e profissional.
A prática de uma Governança Corporativa eficiente necessita da maturidade empresarial. Começa pela colaboração de cada membro de uma organização, quando toma para si a responsabilidade dos seus atos. Todos precisam estar conscientes do seu papel, sem precisar de ameaças caso não ajam conforme o plano estabelecido.
Quais são os resultados
Dentro das organizações, depois de passar por um processo de capacitação por meio de um curso ou de um Programa de Governança Corporativa, a gestão da empresa e os tomadores de decisão veem-se capazes de:
• Compreender as razões fundamentais e as questões centrais que estão na origem e dão sustentação ao sistema de Governança Corporativa;
• Assimilar as exigências para a estruturação do modelo de Governança na empresa;
• Entender os requisitos institucionais de Governança Corporativa: aspectos essenciais do direito societário, marcos regulatórios e códigos de boas práticas;
• Compreender as relações entre acionistas, conselheiros e diretores executivos nos ambientes internos e entre os diversos órgãos na estrutura da Governança;
• Conhecer as relações entre Governança Corporativa e o valor da empresa no mercado de capitais e perante os investidores.
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